GRÊMIO BUSCA NOVO CAMISA 10: DERROTA ESCANCARA FALTA DE ARMADOR E PRESSIONA MANO POR SOLUÇÕES
Derrota na Sul-Americana expõe falha recorrente no Grêmio: a criação de jogadas
A derrota para o Alianza Lima, pela Copa Sul-Americana, não foi apenas mais um tropeço em uma temporada irregular. O revés por 2 a 0 no Peru evidenciou uma carência que vem se arrastando ao longo de 2025: a ausência de um articulador de jogadas no meio-campo.
Na entrevista pós-jogo, o técnico Mano Menezes foi claro em sua avaliação:
"Precisamos mais em termos de armação", declarou, em tom de frustração.
O desabafo do treinador atinge diretamente os jogadores Cristaldo e Monsalve, dois dos principais nomes contratados para assumir essa função — mas que ainda não conseguiram corresponder.
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Investimento alto, retorno abaixo do esperado
Desde 2023, o Grêmio já investiu cerca de US$ 6 milhões (R$ 33 milhões) na busca por um camisa 10 eficiente. O argentino Cristaldo chegou com status de titular após boas passagens no futebol sul-americano, enquanto o colombiano Miguel Monsalve foi contratado como uma jovem promessa, com potencial de evolução.
No entanto, nenhum dos dois conseguiu entregar o que se esperava:
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Cristaldo apresenta desempenho irregular, com pouca efetividade nas construções ofensivas e constantes sumiços durante as partidas.
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Monsalve, por sua vez, até mostrou lampejos de talento, mas sofre com problemas físicos e falta de sequência. Sua mais recente lesão — uma suspeita de luxação no ombro — preocupa a comissão
Mudança tática no horizonte
Diante da limitação criativa, Mano Menezes estuda modificar o esquema tático. A ideia é abandonar a formação com pontas abertos e utilizar quatro jogadores no meio-campo, focando no domínio central e abrindo mão dos extremos tradicionais.
Essa formação permitiria:
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Maior compactação defensiva;
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Melhor troca de passes no meio-campo;
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Tentativa de compensar a ausência de um armador clássico com volume de jogadores na faixa central.
No entanto, a transição exige tempo de adaptação e maior comprometimento tático do elenco, algo que o time ainda não demonstrou de forma sólida em 2025.
Diretoria pode voltar ao mercado em busca de um armador
Apesar dos recentes investimentos, a pressão por reforços criativos cresce dentro e fora do clube. O mercado volta a ser analisado, com a possibilidade de contratação de um novo meia por empréstimo ou via oportunidade de mercado.
As opções, contudo, são escassas:
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Meias experientes com poder de decisão estão valorizados;
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Jovens talentos exigem paciência e investimento técnico;
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A situação financeira do clube limita negociações vultosas.
A diretoria já monitora nomes de fora do país e também possibilidades no mercado sul-americano, priorizando perfil de jogador pronto e com impacto imediato.
Cristaldo em baixa e Monsalve lesionado: situação preocupa
A inconsistência de Cristaldo e a lesão de Monsalve agravam o problema. Com um setor vital desprovido de soluções confiáveis, o time perde em fluidez, criatividade e controle das partidas — principalmente fora de casa.
"Não adianta ter posse se não sabe o que fazer com ela", comentou um jornalista da imprensa gaúcha após a derrota no Peru.
Além da insatisfação do treinador, a torcida também cobra mudanças. Há um crescente consenso entre analistas e torcedores de que o clube não pode mais depender de apostas — precisa contratar jogadores prontos.
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Conclusão: Grêmio vive encruzilhada tática e técnica
O Grêmio de 2025 precisa urgentemente de um camisa 10 confiável. A ausência de um armador não é apenas um detalhe tático: é o elo perdido entre a defesa e o ataque. Sem um meio-campo criativo, o time se torna previsível, lento e inofensivo.
Se quiser reagir na Sul-Americana e manter-se competitivo no Brasileirão, o Tricolor precisará encontrar rapidamente uma solução — seja na recuperação de Monsalve, na reinvenção tática de Mano ou em um nome que venha do mercado.
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